Muitos economistas e educadores financeiros destratam a poupança, afirmando que qualquer investimento é melhor do que ela. Será mesmo? De acordo com Carol Sandler, fundadora do Finanças Femininas e coach financeira, existem três casos em que a poupança vale a pena, sim.
Lembrando que essas recomendações valem para o atual momento da economia, com a Selic a 6,5%. Caso a taxa básica de juros suba e fique acima de 8,5%, o cenário mudará.
Quando a poupança vale a pena?
1) Quando você deixa o dinheiro aplicado por menos de um ano
Em outros investimentos de renda fixa, como Tesouro Direto, existe a incidência de Imposto de Renda e outras taxas. As alíquotas de IR são:
Até 6 meses: 22,5%
Entre 6 meses e 1 ano: 20%
Entre 1 e 2 anos: 17,5%
Acima de 2 anos: 15%
Por isso, dependendo do tempo que você deixa seu dinheiro investido, acabará tendo parte considerável do rendimento comida pelo IR. Nesses casos, vale mais a pena deixar a grana na poupança, onde não há incidência deste imposto.
Além disso, no curto prazo, a diferença de rendimento entre a poupança e outros investimentos em renda fixa é tão pequena que acaba não compensando. Veja essa simulação:
R$ 100 aplicados durante um ano na poupança rendem e se transformam em R$ 104,55.
Já os mesmos R$ 100 aplicados durante o mesmo período no Tesouro Selic crescem para R$ 106,50 brutos. Após o desconto do IR e de taxa de custódia, o valor líquido que sobra é de R$ 105,10. Sim, R$ 0,55 de diferença.
Também deve-se considerar que, ao investir no Tesouro Direto, existe o risco de você ter que vender o papel antes da data de vencimento e acabar amargando alguma perda.