Dólar alto: como organizar uma viagem internacional sem ter prejuízo?

O dólar está nas alturas e não temos sinais de que vai recuar. Confira dicas de como planejar a viagem dos seus sonhos sem comprometer sua renda.

A vida não está fácil para quem está com uma viagem internacional planejada. Com o agravamento da crise política após as denúncias da JBS contra o presidente Temer, o preço do dólar não tem dado trégua aos viajantes.

Em 18 de maio, um dia depois de o jornal “O Globo” publicar que o dono da empresa, Joesley Batista, havia gravado o presidente supostamente dando aval à compra do silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a moeda americana fechou o dia em R$ 3,38 na venda – valor que só não foi maior pela intervenção do Banco Central. No dia anterior, ela havia fechado em R$ 3,10. Desde então, sua trajetória tem andado bastante oscilante e na última sexta-feira ficou em R$ 3,30.

Diversos são os fatores que influenciam o comportamento da moeda. No entanto sabemos que no momento as questões internas do País estão falando mais alto. Com a situação política ainda instável, é difícil ver a cotação da moeda cedendo no curto prazo. “Neste momento é muito difícil fazer previsões, pois são muitas as variáveis que podem influenciar o cenário cambial a qualquer momento, como as votações das reformas, investigações e delações da Lava Jato”, explica Felippe Matheus, diretor comercial da GME Câmbio.

Selic

O processo de queda da taxa básica de juros da economia, a Selic, é outro fator que pode influenciar a trajetória da moeda. Os juros menores remunerando os investimentos financeiros – unidos ao cenário de incertezas políticas -, afetam a tomada de decisões dos investidores estrangeiros. “O fluxo de entrada e saída de dólares do País também deixa a moeda mais instável”, explica o profissional. Entenda melhor aqui os efeitos da Selic na economia.

E como ficam os planos de viagem?

Para quem ainda não tem viagem marcada para o exterior, a melhor opção pode ser deixar esse plano para depois. “Se a viajante quer economizar, a sugestão seria escolher um destino onde o real é mais valorizado, pois não só o dólar mas outras moedas estão saindo caras para o bolso brasileiro”, explica Amanda Santiago, fundadora do Quanto Custa Viajar. Destinos nacionais também podem ser boas pedidas nesse momento.

Agora, se a viagem já estiver marcada, é preciso se prevenir para tentar minimizar os custos de compra de moeda. Confira as dicas:

Fique de olho na cotação do dólar

“É preciso acompanhar as cotações e buscar os melhores preços para comprar o dólar”, explica Amanda. Para isso, vale a pena fazer uso de ferramentas como a do UOL Economia e da Investing.com. Além disso, é importante pesquisar os valores cobrados pelas casas de câmbio em papel moeda e cartão pré-pago. Ferramentas como o Melhor Câmbio podem ajudá-la.

Compre aos poucos

A dica de ouro na compra de moedas estrangeiras é: compre aos poucos, explica Matheus. Por ser difícil prever seu comportamento, essa é a melhor maneira de tentar pagar “um valor médio” por elas.

Fuja do cartão de crédito

Usar o cartão de crédito em viagens internacionais já é pouco indicado, em tempos de moeda oscilante, então, nem se fala. “Na hora do fechamento da fatura, a cotação pode ser ainda mais alta do que no dia da compra”, explica Amanda. Na modalidade, ainda há cobrança de 6,38% de IOF. Nos cartões pré-pagos há a mesma cobrança de IOF, no entanto o valor da moeda é definido já na compra, por isso, não há surpresas. Financeiramente, explica Matheus, a melhor opção é a moeda em espécie.

Sabe exatamente quanto pode gastar?

Se você quer viajar, mas tem medo de custar caro demais, esta ferramenta do Quanto Custa Viajar pode ajudar. No “Para Onde Viajar“, você insere o quanto pode gastar, quando pretende viajar, quanto tempo pretende ficar no local e recebe opções de roteiros que cabem no seu bolso. Assim, fica mais fácil começar o planejamento.

Via financasfemininas